Com tecnologia do Blogger.

O mundo um tanto ou quanto canino da Lota

Entusiasta do mundo canino é o que melhor a define enquanto ilustradora. Os seus desenhos são dominados pelo mundo animal, com seres cheios de expressividade no olhar e movimento no pêlo que reveste o corpo de cada um deles.
Hoje apresento-vos a Lota e um pouco da sua marca, até agora, na área da ilustração.

No teu website dizes estar a lutar para encontrar um lugar no mundo da arte. O que é que essa luta implica para ti?
Essa “luta” que falo é basicamente ganhar nome no mundo da arte. Quando não conhecem o teu trabalho é muito complicado arranjar clientes ou entrar em exposições por isso, acaba por ser uma luta constante. 
Sinto que estou no bom caminho apesar de tudo!


Quando é que a ilustração entrou na tua vida?
Vai soar cliché mas desenho desde que me lembro, a minha melhor memória disso é de estar a desenhar nas paredes do meu quarto quando era mais nova (e ficar de castigo 1 semana por tal brincadeira).
Acabei por ir para a faculdade com o sonho de seguir e fazer animação mas ao acabar o curso, por ter passado por novas experiências, por ter conhecido novas pessoas e feito cadeiras diferentes, apercebi-me que a ilustração era o que queria perseguir. 


Pode dizer-se que és uma mulher que se deixa inspirar pelo mundo canino? Como surgiu esse gosto?
Fui criada rodeada constantemente de animais, cresci com pelo menos 2 Rottweilers no quintal, um Poodle dentro de casa, um Coelho e uns quantos hamsters na garagem e um sonho de ser veterinária quando crescesse. Por essa mesma altura, os meus pais ofereceram me um livro passo-a-passo de como desenhar cães e bem, a partir dai, não parei! Criava histórias para os cães, personagens, mundos, foram os cães que me incentivaram a desenhar, a praticar e a melhorar o meu estilo.


Sentes que ao longo do tempo as tuas ilustrações têm evoluído a nível estético?
Imenso! E felizmente sim, é muito bom ver o nosso estilo a evoluir ao longo dos tempos e enquanto artista devemos estar SEMPRE a evoluir, é importante estar sempre a melhorar e a aprender! Como artista nunca estou completamente satisfeita com o meu trabalho, é o problema de ser perfeccionista! Mas não vejo isso como um defeito, é algo que me obriga a querer fazer sempre melhor, a querer ser melhor.


Computador ou papel? Onde gostas mais de desenhar?
Papel, papel, sempre papel! Adoro computador claro, pois simplifica o meu trabalho, mas nada substituiu o papel, começo sempre os meus trabalhos digitais no papel.


Quais são os artistas que atualmente são uma inspiração para ti?
Ui, tantos! Mas vou reduzir a duas grandes artistas: A minha grande mas grande inspiração é a Naomi Romero, é americana e tudo o que aprendeu foi sozinha! O estilo dela é aquilo que pretendo atingir, a harmonia entre a simplificação de formas com as texturas e expressões fantásticas que dá às personagens.
Joana Afonso que foi minha professora na faculdade de Belas Artes e que atualmente considero um boa amiga também será sempre das minhas maiores inspirações, o estilo dela, as ideias, os conceitos, as personagens, tudo o que ela faz fascina-me! Ela faz me querer ser melhor.

Com que hobbies ocupas o teu tempo?
Ocupo muito do meu tempo livre a ver séries ou filmes, obviamente tenho um “soft spot” por filmes de animação. Também adoro ler, algo que infelizmente não tenho consigo fazer com frequência. Tento também sempre que possível passar tempo com amigos e família, seja um cafézinho ou um jantar no sitio mais barato possível! Mas honestamente o que faço mais no meu tempo livre é desenhar.

Que livro andaria sempre contigo?
Gostei imenso do livro da actriz Jessica Athayde “Não queiras ser perfeita”, sendo uma pessoa que batalha com constante ansiedade esse livro ajudou me imenso e ainda ajuda a relembrar me que “não preciso ser perfeita”.

Que filme verias vezes sem conta?
Sou uma romântica incurável por isso vou dizer “Orgulho & Preconceito”. Toda a minha família já está incrivelmente frustrada desse filme por minha causa, tenho impressão que já o vi mais de 50 vezes, adoro o filme e vejo sempre que consigo.

Numa palavra como definirias o trabalho de um ilustrador?
“Divertido”. É divertido para mim criar os meus trabalhos e é esse sentimento que espero que as pessoas sintam ao observar o mesmo. Só quero deixar um sorriso na cara das pessoas ao verem os meus cães com expressões parvas.

Podem ver estas e outras ilustrações da Carlota no site e no facebook.

Sem comentários