O mundo trapezista da Catarina Impi

Da ESAD.CR para a HSA em Augsburg e para o mundo, a Catarina sabe sempre como nos brindar com GIFs divertidos e ideias bonitas. Quem a conhece sabe que o seu amor pela ilustração e design não tem fim, quem não a conhece...bem, tem a oportunidade de o fazer agora mesmo.


Porquê o nome Catarina Impi? Está relacionado com o facto de seres trapezista num universo paralelo?
É! Ficou como alcunha de uma conversa que mais parecia o jogo do telefone avariado. Eu sou uma trapezista que está sempre a decidir para que lado cai. Na minha cabeça resolvo qualquer situação  com facilidade e todo um coolness, na realidade nem me deparo com situação nenhuma: estou atrasada porque me perdi a meio do caminho 😂
(Mais tarde o wikipédia contou-me que "impi" é um termo para um homem armado. 2-em-1 hehe)

Como descreves a tua experiência de estudar em Augsburg?
Foi super bom! Eu sou das Caldas da Rainha e estudei na ESAD de cá, por isso foi uma espécie da minha "ida para a universidade". Viajar traz sempre inspiração e a diferença de costumes também oferece novos meios para resolver alguns problemas. Conheci métodos de trabalhos diferentes e tive um feedback e críticas muito boas que me ajudaram a evoluir. Deu-me uma força extra para afirmar o meu trabalho para pessoas que não conhecia de lado nenhum.
Lá na escola davam muito valor a todo o processo de desenvolvimento dos projectos e tínhamos de esmiuçar essa parte. Mas tive muitas saudades do papel! Lá trabalhávamos muito mais no computador.

Papel ou computador. Onde preferes desenhar?
Eu começo sempre no papel mas rapidamente salto para o digital. O papel deixa-me fixar algumas ideias, marcar posições, pensar em histórias, o digital deixa-me depois continuá-las. Mais para o final brinco com texturas que guardo dos papeis de limpar borrões ou de impressões testes de serigrafias e gravuras. Tenho uma gaveta com o potencial de uma biblioteca com papéis e papelinhos de todos os tamanhos e feitios.

Recebes uma proposta para desenvolver os elementos gráficos de um casamento. Qual o teu processo criativo para esses projectos? Quais os produtos que tens desenvolvido e quais é que gostavas de vir a desenvolver em projectos futuros?
Até à data toda a gente tinha uma ideia do tema que queria, coube-me a mim traduzir a história que queriam contar e desmanchá-la em peças. E tive sempre sorte porque eram sempre histórias muito boas e fáceis de trabalhar.
Desenvolver elementos gráficos para casamentos e ilustrações por encomenda é o que mais tenho feito em freelance. Depois participo, sempre que consiga, em exposições colectivas e em alguns concursos. Gostava de experimentar ilustrar uma notícia ou artigo e histórias, tenho alguma curiosidade por esta parte mais editorial.

O Women Who Draw foi criado por duas artistas mulheres com o objectivo de aumentar a visibilidade das ilustradoras femininas. Como foi participar nele?
É muito amor. Fazer parte de um projecto deste tamanho com ideais tão bons e com tantas pessoas que acreditam e lutam pelo mesmo é bom de mais.

Onde é que podemos encontrar e adquirir o teu trabalho?
Tenho o tumblr mais virado para a ilustração, o Be mais para o design e o facebook com um bocadinho dos dois. Tenho andado a explorar feiras e mercados e estive agora no último Mercado Nervo com alguns prints.

 

Com que hobbies ocupas o teu tempo?
Gosto de passear de carro e de cantar alto a música que está a passar no rádio e esqueço-me muitas vezes que quando paro nas passadeiras as pessoas também me conseguem ver a mim. Encaixo-me perfeitamente na cultura portuguesa do café. Gosto de ler, de fotografar, ver séries, jogar jogos de tabuleiro e de refilar das jogadas dos outros.

Que livro andaria sempre contigo?
Este mês foi O Visitante da Noite e Outros Contos (que está quase a ser trocado pel' A Sociedade do Espectáculo). Mas que ande sempre na mala é um caderno.

Que filme verias vezes sem conta?
O Fabuloso Destino de Amélie Poulain! É tão bonito de tantas maneiras...

Numa palavra como definirias o trabalho de uma designer e ilustradora?
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