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Corações em flor da Catarina Inácio


Falar das imagens captadas pela Catarina Inácio é falar de natureza, de uma imensa floresta de corações com várias vidas. É falar do ser e de um viver florido. Hoje, é ela quem conta um pouco da sua história e do que faz os seus olhos brilharem por detrás de uma objetiva.

Quando e como é que a fotografia entrou na tua vida?
Cresci numa família de artistas! Os Marques/Inácio sempre me rodearam com o seu bom gosto e bom trabalho. A minha mãe é uma artesã (digamos, faz um monte de coisas fofinhas, como bonecas feitas de trapos coloridos e até cestas de fruta bem bonitas para decorar a casa, entre outras coisas). Tenho um primo arquiteto e outro designer. Uma irmã que dedica-se à fotografia como hobbie. Entre outras coisas, digamos que fui educada numa família diferente.
A fotografia entrou na minha vida quando aos 12 anos, encontrei a Fujifilm da minha tia (ou a minha querida segunda mãe), e comecei a disparar em coisas como flores e gatos (Muito interessante), para não só ocupar o meu tempo, como foi muitas vezes um refugio enquanto uma miúda diferente para a idade que tinha.
Entretanto, com a decisão de que curso escolher ao entrar no 10º ano (com 14 anos), não hesitei, e escolhi fotografia. Na altura, todos ficaram com “medo” e até estranharam a minha escolha.
E com a minha dedicação, iniciei o curso, com a minha primeira máquina (uma Nikon D5100), e fui aprendendo cada vez mais sobre a fotografia, e com isto até me dediquei mais a pesquisas relacionadas com arte no geral, como por exemplo o cinema. Foi sem dúvida, uma boa decisão!


Em que/quem procuras inspiração para as tuas fotografias?
Digamos que procuro muito partilhar os meus pensamentos e emoções pela imagem. Tal como falar sobre assuntos presentes hoje em dia na nossa Humanidade pela imagem. No fundo, utilizo a minha fotografia como maneira de expressar o que por vezes é difícil dizer por palavras, mesmo que ainda escreva bastante e até ponha legenda nas imagens e projectos que faço.
A minha inspiração no fundo vem muito pela emoção e pelo que todos os dias observo à minha volta.


Como fazes a seleção dos locais e objectos usados nos cenários onde fotografas?
Por norma, procuro trabalhar dentro de meios naturais, como florestas, na praia ou dentro de palácios, locais que apelam a um passado, etc.. Quem acompanha o meu trabalho, sabe que utilizo sempre tons escuros e escolher os locais por vezes é um desafio em certas ocasiões, especialmente no verão!
Objectos utilizados são sempre um desafio! Mas as minhas duas “imagens de marca” são sem duvida, os corações (Verdadeiros, sim! O senhor do talho já sabe sempre o que lá vou pedir!) e as flores ou ramos. Tanto os corações como flores, simbolizam muitas vezes a vida como a emoção ou parte da personagem retratada. Mas quando não são esses dois elementos, faço sempre uma pesquisa e aponto nos meus cadernos pormenores sobre os trabalhos que tenho para fazer!


Que programas utilizas para edição/manipulação?
Para a edição/manipulação utilizo sempre o Photoshop e o Lightroom!


Como foi a primeira sessão que fizeste?
Bem, vou falar da minha primeira sessão a sério, ou seja, quando comecei o curso de fotografia em 2012! Se bem me lembro, ou foi com o meu primo Daniel ou a minha irmã Andreia! Falando das sessões dessa altura que me lembro, sei que foi fácil convencer o Daniel, pois ele gosta também de fotografia e lembro-me de ser no Jardim Botânico Tropical (excelente local e muito especial no meu percurso fotográfico) e lembro-me de ser algo super descontraído e divertido! E com a minha irmã Andreia, que ainda a continuo a fotografar hoje, é sempre um desafio pois, para ter a fotografia final é preciso manda-la parar com a palhaçada típica que qualquer um dos nossos irmãos tem! Isso dura até hoje! Mas ela é excelente como cobaia.


Quais são os fotógrafos que mais admiras?
Bem, digamos que Laura Makabresku, Laura Zalenga, Kyle Thompson, Natalia Drepina, Elizabeth Gadd, Ben Zank, Ed Peers, David Talley, André Varela, João Bacalhau, Rose Richards, entre outros excelentes fotógrafos, mas por fim e totalmente à parte destes fantásticos fotógrafos/as, devo dizer que quando estive no curso, duas das melhores fotógrafas que me puderam mostrar, é sem dúvida a Annie Leibovitz e a Vivian Maier! E estes fotógrafos e fotógrafas que menciono aqui, devo dizer que os admiro imenso pelo que eles realmente são na sua arte, e com isso quero dizer que admiro a maneira como eles conseguem ser únicos e especiais na sua própria arte.


Com que hobbies ocupas o teu tempo?
Ler, ver filmes, desenhar, fazer pesquisas sobre coisas que me interessam e que sei que me vão dar mais conhecimento, estar com os meus amigos e amigas, entre outras coisas. Algo simples e prefiro assim.

Que livro andaria sempre contigo?
A Mensagem ou o Livro do Desassossego do Fernando Pessoa (aka Bernardo Soares no Livro do Desassossego). Quando dei o Pessoa em Português no curso, digamos que não tirei as melhores notas nem conseguia estar lá muito atenta, mas digamos que o bichinho depois quando eu acabei o 12º surgiu e lá eu li ambos os livros, e de certa forma, são uma inspiração para mim.

Que filme verias vezes sem conta?
Esta é a pergunta mais difícil, sem dúvida!! Digamos que qualquer filme do Stanley Kubrick e o porquê é porque na minha opinião ele é um mestre do cinema! Nem dá para explicar por palavras, os filmes dele dão logo a razão.
E curiosamente eu dei o nome de Stanley ao meu coelho de estimação!

Numa palavra como definirias o trabalho de um fotógrafo?
Uma enorme AVENTURA. Pois, na vida de cada fotógrafo acredito que temos sempre estranhas e fantásticas aventuras todos os dias com a nossa fotografia. E quando trabalhamos naquilo que gostamos ainda melhor. Como se costuma dizer: “Quem corre por gosto, não cansa!”


Todas as fotografias deste post são da autoria da Catarina e foram especialmente seleccionadas por ela. Podem ver estas e muitas mais espalhadas pelas suas contas nas redes sociais como instagramfacebook e flickr.

O terceiro Quase Livro


O terceiro Quase Livro da Ana nas tintas nasceu através de duas situações que ocorreram quase em simultâneo na sua vida e que a inspiraram nesta ideia de representar “elas, as dos contos”. O seu avô encontrou o livro de contos que tinha oferecido à sua mãe quando era pequena e a Ana adquiriu recentemente o livro Grimm Tales do Philip Pullman.
Quando começou a criar e a construir as personagens em “layers” tudo começou a ganhar forma e foi então que soube que estaria ali a surgir o Quase Livro #3.

Este Quase Livro acaba por ser muito contraditório, porque Philip Pullman defende que as personagens dos contos têm objetivos muito claros, e por isso as personalidades são pouco exploradas, uma vez que funcionam quase como "peões" num tabuleiro de xadrez. Não há segundas intenções por detrás daquilo que elas nos mostram. Gostei tanto desta ideia que quis tentar fazer o contrário! As personagens (principais ou não) poderiam ser mais aprofundadas. E com essa intenção acrescentei, e porque não reduzir esta "caracterização" a um excerto? Os contos funcionam como um todo. E porque não reduzi-los a uma das partes, quase como se dela exclusivamente se tratasse? Bem...este é certamente o Quase Livro "do contra". (risos). ” diz Ana.


Os contos foram seleccionados pelo seu “conteúdo” e “forma”, conta a Ana. Relativamente ao “conteúdo”, foram escolhidas personagens femininas com histórias ou personalidades muito diferentes. Quanto à “forma” foram analisados os cenários que tinham mais potencial na representação, ou seja que eram mais ricos visualmente.

Ana acredita que os contos tinha de ser assim, contados desta forma e com todas as maravilhas que muitos deles vão apresentando. Para ela a realidade distorcida destas histórias não existe, pois o próprio conceito de realidade é subjetivo. “Os contos têm sempre um objectivo muito claro: o facto da Capuchinho Vermelho ter sido comida pelo Lobo, um perfeito estranho que a abordou na floresta e a desviou do seu caminho, é a lição mais simples do que os pais actualmente nos dizem "não fales com estranhos!". Os contos têm essa capacidade de se poderem associar à actualidade. Seriam mesmo as formas mais "fantásticas" de se alertar as crianças para algumas realidades.”.

Ilustrar personagens que à partida têm uma imagem pré-concebida poderia ter-se tornado mais limitador criativamente mas Ana afirma que não. Algumas das personagens foram influenciadas pela imagem que já existe delas e o que foi feito foram reinterpretações.


É possível adquirir as ilustrações deste Quase Livro individualmente. São ilustrações feitas por camadas, em papel de aguarela e em formato A4. A Alice e a Polegarzinha já foram vendidas, por isso se quiserem uma em vossa casa terão de se apressar.

O Quase Livro #1 foi inspirado no livro “As cidades invisíveis” de Italo Calvino. Este surgiu com ilustrações que foram produzidas para uma exposição. O #2 é uma história sem texto, de um Lobo que encontra a felicidade junto de uma Raposa. O Quase Livro #4 saíra em Maio e ainda está em processo de criação. São publicações bimensais, numeradas.

Felizmente, Os Quase Livros têm sido muito procurados e esgotam sempre no primeiro mês, apesar de terem vindo a aumentar no número de impressões. Já não é possível adquirir este agora, mas no final do ano é feita uma segunda edição de todos os livros anteriores.



Welcome to Mirrorland

Welcome to Mirrorland é uma das exposições de ilustração da Selma Pimentel. Mirrorland é um espaço de reflexos. Reflexos da artista e reflexos de quem o visita.

Até dia 3 de abril podem visitar uma das salas de exposições do Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz e conhecer as histórias contadas pela Selma numa compilação de algumas das suas ilustrações. Desde ilustrações da sua coleção privada até àquelas que estiveram por detrás dalgum projeto em particular, podemos encontrar obras que refletem a personalidade e o percurso pessoal e profissional da artista.



Com um traço bastante pessoal e característico que marca as suas obras podemos também notar uma grande versatilidade de temáticas, pois o seu trabalho não viaja apenas pelo imaginário infantil, estende-se para um universo mais crescido e introspectivo que se refugia num mundo de espelhos.
Também é possível notar uma grande variedade de influências culturais diferentes, algumas delas que marcam ou já marcaram a sua geração.

Ilustração da receita do bolo de natal do ano passado da Inês Mendes do blog Ananás e Hortelã.

Duas das ilustrações da artista que reflectem a sua influência pela manga.


Podem acompanhar o trabalho da Selma Pimental através do website, facebook, behance e instagram.
Se não tiverem oportunidade de visitar a exposição na Figueira da Foz ou no Museu Municipal Álvaro Viana de Lemos na Lousã fiquem atentos, em breve poderão ver outras exposições noutros locais.





Bullet Journal


Existem diversos métodos de organização espalhados pela internet mas pode dizer-se que o Bullet Journal é o 1000 em 1 da organização pessoal. Pode ser um diário escrito ou um diário gráfico, uma agenda, um bloco de notas ou listas organizado. É um conceito totalmente personalizável e ilimitado em termos de criatividade e isso é facilitado com o uso de um notebook com folhas lisas ou com uma grelha de pontos.

O conceito foi desenvolvido por Ryder Carroll, um designer de produto digital. O sistema apresentado no site oficial foi o resultado de várias ideias e muitos anos de tentativa e erro. Para Carrol trata-se de algo que está em constante evolução e, sendo adaptável, cada pessoa decide o que para si funciona melhor.

Neste vídeo e no site Bullet Journal podem encontrar-se dicas básicas para criar um sistema de organização adaptado às necessidades pessoais que permite melhorar o desempenho, organização e produtividade. O melhor de todo este sistema talvez seja a possibilidade de intercalar páginas com conteúdo totalmente diferente e assim concentrar tudo num único objecto físico e portátil o que, numa agenda convencional, nem sempre possível.



Ficam aqui algumas dicas para quem quiser aventurar-se e criar o seu próprio bullet journal:

Escolher um notebook resistente
Se for utilizado como agenda ou algo que ande sempre convosco, o bullet journal irá desgastar-se e surgirão marcas de uso. Para que os danos sejam minimizados devem procurar um notebook que seja resistente exterior e interiormente, ou seja, ter em atenção os materiais da capa e a qualidade do papel.

Definir inicialmente um sistema de símbolos consistente
Uma das principais características do conceito é a associação de símbolos, cores ou formas a determinadas tarefas e/ou ao estado em que estas se encontram, por exemplo se estão concluídas, adiadas ou canceladas. Numa das páginas iniciais é importante definir bem quais serão utilizados e manter o que foi determinado ao longo de todo o bullet journal, reduzindo assim a possibilidade de equívocos. 

Definir objetivamente o conteúdo de cada página ou grupo de páginas
É certo que este conceito permite total liberdade no conteúdo que o bullet journal pode conter, mas é importante que se mantenha organizado e devidamente seccionado para evitar que informações se percam, por exemplo. Para isso podem definir exatamente qual o tema ou conteúdo que cada página vai ter. Não precisa de ser algo definitivo – um post-it ou uma breve nota ou palavra-chave escrita a lápis que possa ser retirado ou apagado quando for necessário– e ajudará na gestão de páginas, evitando, por exemplo, que falte espaço para determinado conteúdo.

1, 2, 3, 4...Oupas!


A Cidália, a Joana, a Sofia e o gato Tobias são quem dá vida ao papel e cartão, de qualquer tamanho e forma, no Oupas!.
Dedicando-se às áreas de design gráfico, ilustração e cenografia, podem encontrar este estúdio na cidade do Porto. Os seus projetos são caracterizados pelo material que utilizam, mas também pela singularidade e originalidade de cada um deles e sobretudo pela qualidade incrível dos materiais produzidos pelas suas próprias mãos.

Como nasceu o estúdio?
Conhecemo-nos na faculdade, e depressa nos habituámos a trabalhar juntas. Para além de uma amizade, partilhávamos estilos e gostos muito próprios, em especial o trabalho manual. Quando terminamos o curso de design gráfico, na ESEIG, já se fazia sentir a dificuldade em nos integrarmos no mercado de trabalho, sendo que muitas das nossas candidaturas nem sequer obtinham resposta. Para nos mantermos activas, e pelo menos enquanto esperávamos por oportunidades, decidimos juntar-nos e criar algo juntas. Em conversa com os antigos professores, e porque começávamos completamente do zero, surgiu a oportunidade de fazermos um ano de incubação na faculdade, com todo o apoio necessário e que nos foi essencial para "testarmos" o projecto. Assim, em fevereiro de 2010, nascia, ainda sem grandes planos, o Oupas!



Como chegaram ao nome “Oupas”?
O nome reflecte a nossa vontade de contrariar o estado de espírito presente nos recém-licenciados e que se foi estendendo até hoje. Nós não queríamos ir na mesma onda então dissemos para nós próprias: Oupas! Vamos fazer alguma coisa! O nome saiu-nos instintivamente e acabou por ficar, até porque é uma expressão muito típica do Porto, e nós somos verdadeiras "mulheres do norte"! :)


Quais são, para vocês, as vantagens de trabalhar em equipa?
Juntas somos mais versáteis e respondemos mais rapidamente a cada desafio. Entendemo-nos muito bem enquanto equipa, e temos perfeita noção do que cada uma consegue fazer. Para além de nos apoiarmos mutuamente, aprendemos umas com as outras. Em fases de maior trabalho conseguimos "desdobrar-nos" e cada uma cumpre as suas tarefas sem que tenhamos necessariamente de estar a trabalhar no mesmo projecto.


Em que/quem procuram inspiração para os vossos projetos?
Temos várias referências enquanto equipa, especialmente no que toca a artistas que trabalham com papel e cartão. As nossas pesquisas e brainstormings tem sempre um caminho comum, mesmo que cada uma faça a sua própria pesquisa, e porque partilhamos muitas referências, rapidamente chegamos a estilos e linguagens importantes para os nossos projectos. Uma das maiores referências é o atelier francês Zim and Zou que tem um trabalho de excelência em peças de papel. Depois, cada uma de nós vai trazendo as suas próprias influências, quer seja de materiais gráficos ou de ilustração que é uma outra área com a qual nos identificamos muito.


Como é o vosso processo criativo?
Dependendo do briefing do cliente, que às vezes é muito claro e conseguimos de imediato visualizar o caminho do projecto, outras vezes precisamos de algumas horas de pesquisa e brainstorming. Assim que chegamos a uma ideia mais concreta começamos a esboçar e a maquetizar as peças. Algumas peças necessitam de um desenho mais complexo, pelo que as desenhamos num programa de modelação 3D, o que nos facilita a construção das peças e uma nos dá uma previa percepção das formas.


Onde é que as pessoas podem encontrar o vosso trabalho?
Grande parte das vezes, os nossos projectos são para situações muito específicas, e que dificilmente podem ser vistos por toda a gente (por exemplo eventos restritos, ou projectos em locais privados). Para além disso, nem sempre ficam em exposição permanente porque grande parte dos nossos projectos é decoração pontual, ou para participação em outros projectos como sessões fotográficas ou, como já aconteceu, anúncios de televisão. As peças são feitas apenas para aquele momento, é a essa a vantagem do nosso material: é pouco dispendioso e versátil. No entanto, temos vindo a fazer algumas montras, o que permite que o nosso trabalho seja facilmente visto por muita gente. Fizemos há alguns meses atrás as peças de papel para as montras da Hermès, no Chiado, em colaboração com o Studio Astolfi, e temos também duas peças numa das lojas Shopping a la carte, no Porto. Neste momento estamos também a preparar a decoração para um restaurante que irá abrir no Porto.

Existe algum tipo de projeto que ainda não tenham feito, mas gostassem de fazer no futuro?
Sim, um cenário para um videoclip, por favor! :)

Com que hobbies ocupam o vosso tempo livre?
Sofia: Passear e rabiscar coisas no meu sketchbook. O instagram é a ferramenta perfeita para registar bocadinhos do meu dia-a-dia. Os gatos são sempre bem-vindos!
Joana: Passo o tempo sobretudo a ler, desenhar, a jogar computador, gameboy e a andar de bicicleta.
Cidália: Adoro a natureza, dar boas caminhadas na montanha ou perto da praia para descontrair. Tricotar com uma caneca de chá e uma lareira quentinha também fazem um bom serão.
Tobias: Dormir.

Que livros andariam sempre convosco?
Sofia: Um qualquer livro infantil, especialmente se for do Planeta Tangerina. Neste momento seria "O que vês dessa janela?" porque marcou uma recente viagem à aldeia da Luz, no Alentejo.
Joana: Gosto de andar sempre com um livro atrás, normalmente de fantasia e muitas vezes do meu autor favorito: Haruki Murakami.
Cidália: “O Meu Amante de Domingo” de Alexandra Lucas Coelho e coleção de livros de viagem da Tinta da China, bom para conhecer novos locais, até imaginários acompanhados com bonitas capas.

Que filmes veriam vezes sem conta?
Sofia: Toy Story
Joana: My neighbor Totoro!
Cidália: Não consigo decidir... escolheria um bocadinho de cada, tipo rodízio.

Numa palavra como definiriam o trabalho de um designer?
Comunicação.


Podem acompanhar o trabalho do Oupas! no website ou nas redes sociais: facebook, behance e instragram.

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Todas as imagens deste post foram retiradas do website do estúdio.

Mural de fotografias


Os avanços tecnológicos trouxeram-nos a capacidade de armazenar milhares de fotografias ocupando muito pouco espaço físico. As vantagens são muitas, mas perde-se a parte mais importante, a de recordar momentos, pois muitas vezes, depois de armazenadas, as fotografias ficam esquecidas e já não voltamos a olhar para elas.

Giveaway - Nuts for Paper


No post anterior foi possível conhecer um pouco melhor o trabalho da Mafalda como designer e ilustradora na Nuts for Paper. Ela falou da sua inspiração, do seu processo criativo, dos materiais que usa e até de algumas das suas preferências pessoais como livros e filmes.

A Nuts for Paper é o seu projeto a tempo inteiro, ao qual atribui a dedicação e o amor necessários para criar produtos de qualidade, tanto a nível de design como de impressão e acabamentos. Os processos artesanais envolvidos na criação dos produtos são encarados como tarefas de rigor e detalhe e, por isso, tudo o que envolve papel é, e muito bem, cortado e montado pela Mafalda.

Por todas estas boas razões mencionadas acima, o It's ok, em conjunto com a Nuts for Paper, irá dar-vos a possibilidade de ganhar alguns produtos, nomeadamente um pocket notebook e dois pins. O notebook é A6, com a capa impressa em papel reciclado de 250gr e dentro tem 60 páginas de papel branco de 80gr. Os pins têm 38mm de diâmetro.


Para participar têm de:
- Ser seguidor no facebook do It's ok e da Nuts for Paper.
- Partilhar este post no facebook (em modo público).

Para obterem entradas extra podem:
- Seguir o It's ok no Bloglovin'
- Comentar este post (dizendo quais os produtos da Nuts for Paper que gostam mais)

Por fim, preencher o seguinte formulário:

Nuts for Paper - Giveaway

O passatempo é válido para Portugal Continental e Ilhas.
Terminará no dia 20 de março às 23h59 e o resultado poderá ser visto aqui no blog e na página de facebook nos dias seguintes.

A outra Mafalda e a Nuts For Paper


Ela é uma das fundadoras e a criativa da marca Nuts for Paper e é possível encontrar as suas ilustrações cheias de vida e cor em diferentes suportes como, notebooks, pins, caderninhos de receitas, calendários, agendas, entre outras coisas.
Hoje a Mafalda fala um pouco do seu trabalho e do bonito projeto que criou, onde abraçou dois esquilos que adoram nozes como ela adora papel.

Quando é que o desenho começou a fazer parte do teu dia-a-dia?
O desenho de alguma maneira sempre fez parte do meu dia-a-dia. Sempre gostei de desenhar, recordo-me de rabiscar os cantos dos meus cadernos desde o 3º ano, mas só comecei a levar o desenho um pouco mais a sério a partir dos 13 anos. Foi quando descobri a maravilha dos livros que ensinavam técnicas de desenhar (claro que a minha parte favorita eram os capítulos sobre os materiais). Aos 15 já tinha decidido que queria ser designer, mas ao mesmo tempo desenvolvi uma paixão secreta pela ilustração alimentada por horas intermináveis na Internet. No 1º ano da universidade com algumas cadeiras de desenho criei o hábito de ter sempre um diário gráfico e nunca mais parei de desenhar (quase) diariamente.


Papel ou computador, em qual gostas mais de desenhar?
Papel (sempre papel). Apesar de nos últimos anos ter começado a acabar algumas ilustrações no computador (especialmente a parte da cor) não me sinto à vontade para fazer o desenho directamente no computador.


Quais os materiais com que gostas mais de desenhar?
Ui! Sou capaz de passar horas a falar de materiais. Mas vou tentar não me alongar muito. Vou começar pelas ferramentas básicas - adoro o típico lápis Nº2 da Staedtler (sim aquele às riscas amarelas e pretas) que uso super afiado - o que os gasta num instante! Podia usar lapiseira para criar um efeito semelhante, mas prefiro os lápis. Apesar de momento não estar a usar muito nas minhas ilustrações, durante muitos anos lápis de cor eram o meu método preferido de colorir. A minha marca preferida é a portuguesa VIARCO, especialmente nos lápis aguareláveis.
Também gosto de aguarelas, especialmente as aguarelas líquidas como as Ecoline (não são o material mais fácil de usar, porque secam num instante e podem deixar marcas, mas é um dos meus preferidos). Gosto também de tinta acrílica apesar de preferir as que são mais viradas para craft como a Americana e a FolkArt porque são menos opacas que as tintas acrílicas artísticas. Uso bastante também marcadores finos pretos, as espessuras que prefiro são 0.1, 0.3 e 0.5 - normalmente uso os da marca Staedler ou os Micron/Sakura (mas já experimentei outras marcas que são igualmente boas). Recentemente descobri os marcadores à base de álcool, cada vez há mais marcas com bons marcadores, mas a que tenho e uso são os COPICS. Têm todas as cores que possam imaginar e ainda mais algumas. Não são dos materiais mais acessíveis a nível de preço, mas têm a vantagem de se poder re-usar o marcador vezes sem conta - as pontas podem ser substituídas e também se pode comprar tinta para encher os marcadores. Ultimamente também tenho usado marcadores/pincel ou pincel com depósito de tinta - são óptimos para fazer estudos de cor rápidos, ou até mesmo para desenhar. Os que tenho usado são da ZIG/Kuretake e chama-se Brush Writer. Tenho algumas cores, mas estou com vontade de arranjar mais algumas. Em termos de papel tenho dois preferidos: Bloco Desenho Dessin à Grain Clairefontaine de 180gr e Bloco Canson Imagine de 200gr. Uso também o Bristol 70g especialmente quando quero que os COPICS fiquem com uma cor super vibrante.


Como é o teu processo criativo?
Depende. Se for um trabalho para um cliente começo por tentar definir o máximo de parâmetros possível. Por exemplo se for uma capa personalizada de uma agenda com uma ilustração de um animal de estimação preciso de saber coisas como: tamanho da agenda, fotografias/imagens do animal, alguns detalhes sobre a personalidade do animal (brinquedos preferidos, se gosta de passear, etc), e cores preferidas. Neste caso as fotografias são o mais importante, pois são elas que me vão contar um pouco mais sobre o que vou desenhar. Com estes dados passo às ideias e apresento uma ou duas ao cliente. Depois de aprovadas passo aos desenhos. Os quais volto a mostrar ao cliente. Se forem aprovados segue-se a parte da cor. Volto a mostrar ao cliente e se tudo estiver bem é altura de preparar o ficheiro para impressão e a impressão em si. Se for um projecto criado por mim depende se eu já tiver uma ideia concreta do que quero fazer ou não. Se ainda não tenho uma ideia concreta o primeiro passo é pesquisar, pesquisar, pesquisar, especialmente porque não gosto de passar para o papel e desenho antes de ter uma ideia do que vou criar. Quando tenho uma ideia tento sempre escrevê-la ou criar um rabisco. Depois de saber o que quero fazer, se for necessário, procuro imagens de referência (para uma pose, perspectiva, etc). Por exemplo quando criei a ilustração para o caderno do evento Bloggers Camp, ainda antes de desenhar o que fosse andei a procurar o que era ser um blogger, ou que itens são comuns a uma grande maioria de bloggers. E foi assim que cheguei ao conceito para a ilustração. Muitas vezes tento fazer desenhos soltos dos vários objectos e depois montá-los na composição que pensei. Este método permite-me ter alguma margem de manobra no que diz respeito à composição, se a que pensei não resultar posso experimentar outras. Espero que a explicação não seja confusa. Dentro deste longo processo para mim há dois pontos que são extremamente importantes: estabelecer as inspirações e parâmetros antes de começar o trabalho e (um passo que me esqueci de referir antes) conhecer e ver outros projectos de design e ilustração (ou seja pesquisar, pesquisar, pesquisar).


Como nasceu a Nuts for Paper?
Após a universidade estive uns tempos em casa em que não sabia o que fazer a seguir. Tinha uma amiga que estava na mesma situação e decidi desafiá-la a fazermos algo relacionado com design, ilustração e cadernos. Tudo coisas que ambas gostávamos. O nome surgiu em pleno brainstorming - Nuts for Paper - doidas por papel. Tinha tudo a ver com o que queríamos fazer - produtos de estacionário! Na verdade fomos um pouco doidas ao criar algo do nada. (mas para mim têm sido uma boa loucura). Os esquilos surgiram por causa das nuts (nozes). Foi uma maneira de brincar com nome da marca que escolhemos. Os esquilos foram também um mote para os primeiros desenhos, ilustrações e cadernos que criámos. Criamos duas personagens/mascotes que representavam cada uma de nós. Ultimamente não lhes tenho dado tanta atenção, mas são personagens que quero voltar a desenhar e contar histórias com eles.


Onde procuras inspiração para os teus projetos?
Nos livros que leio, nos filmes e séries que vejo, e em vários artistas, projectos e ilustradores que sigo. Alguns dos ilustradores que são referências para mim são: Marguerite Sauvage, Frannerd, Mais2, Anke Weckmann, Teagan White, Lisa Congdon, Foyaland, Iraville, Oana Befort, Gemma Corell, Ghostco, Thompson Craig, Mike Mignola, Dave Mckean, Hugo Pratt, Aubrey Beardsley, entre outros.


Com que hobbies ocupas o teu tempo?
O meu maior hobbie é ler, sejam livros, revistas/jornais ou blogs. Um outro hobbie que tenho e que tem estado um pouco adormecido é o da fotografia (mas que estou a tentar recuperar).

Que livro andaria sempre contigo?
Qualquer livro da Juliet Marillier. É uma das minhas escritoras preferidas. Os livros dela são romances de fantasia e a série dela mais conhecida é Sevenwaters. São livros que me levam para outros mundos e me fazem sentir bem. São dos livros que já li e re-li mais vezes e nunca me farto deles.

Que filme verias vezes sem conta?
A saga do Lord of the Rings - extended version (seja em maratona ou ao longo de vários dias), os vários filmes do Shrek e os filmes do Kung Fu Panda (apesar de ainda não ter visto o terceiro). Lord of The Rings é dos meus filmes preferidos de sempre (e apesar de ser diferentes dos livros em vários detalhes, gosto bastante de ambos). Apesar de nos filmes de animação o desenho e a parte estética ser muito importante para mim, tanto no Shrek e no Kung Fu Panda isso acaba por ficar para segundo plano. São filmes que têm imensas inside jokes e ao mesmo tempo têm mensagens muito boas. São filmes que me animam quando estou em baixo e qualquer um deles são óptimas companhias quando estou a trabalhar.

Numa palavra como definirias o trabalho de um ilustrador?
Recompensador. Porque é com este trabalho que me sinto realizada.


Podem acompanhar as novidades da Nuts for Paper, no facebook e no instagram.
Também podem ver e comprar os produtos na loja online ou entrar em contacto com a Mafalda através de e-mail.

Blindspot e Limitless


Blindspot e Limitless foram duas séries que estrearam em 2015 e apesar de estarem apenas na primeira temporada e ainda não ser muito percetível o seu potencial a nível de qualidade, já dão muito que falar.
As séries relacionadas com investigações policiais são um sucesso e isso é notório, pois é o género mais presente na tv. No entanto, muitas delas tornam-se demasiado semelhantes e isso pode estar relacionado com o facto da história paralela aos casos investigados, ou seja a história das personagens principais, ser muito simples ou pouco ficcionado. Estas duas séries apresentam uma história paralela perto da ficção científica e do mistério.

Blindspot começa com o aparecimento de uma mulher dentro de um saco na Times Square, Jane Doe. Esta não tem quaisquer memórias e o seu corpo está repleto de tatuagens. Cada uma das tatuagens tem uma história perigosa associada. As investigações giram em torno dos mistérios e histórias que são revelados aquando a análise de cada marca que está no corpo de Jane.



Limitless é sobretudo centrada nas capacidades extraordinárias que são cedidas a Brian. Após ter dado início à toma de comprimidos que lhe davam uma inteligência singular, Brian é chamado para ser observado pelo FBI, mas acaba por permanecer e colaborar nas investigações. Para quem gosta de detalhes, existe uma pequena diferença nas imagens quando as suas capacidades estão melhoradas.