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6 coisas que aprendemos com a série Abstract


Esta série Netflix estreou em fevereiro e, apesar do título, não se trata de algo exclusivamente com interesse para designers, mas sim para todos os criativos e curiosos que queiram simplesmente conhecer um pouco melhor alguns artistas e o que fazem.

Em cada um dos oito episódios somos convidados a entrar numa área diferente e, consequentemente, a conhecer a perspectiva criativa de alguns dos nomes mais importantes da actualidade no mundo do design, ilustração, fotografia e arquitectura. Sendo esta ideia anterior um dos principais propósitos da Abstract, é possível, no final de cada episódio, reter alguns aspectos que, de alguma forma, contribuem para o sucesso destas pessoas. Ler este post não será certamente o mesmo que ver a série, principalmente porque cada pessoa conseguirá retirar pontos-chave diferentes (quer pela sua experiência pessoal, quer pelo próprio interesse em cada área), mas aqui ficam algumas das coisas que ela nos transmite.



A inspiração vai e volta

É verdade e não vale a pena dramatizar. É complicado termos inspiração e nos sentirmos inspirados 24 horas por dia ou sempre que precisamos e, por isso, não temos de nos sentir pressionados quando os momentos de inspiração não chegam.
Difere de pessoa para pessoa e também é possível ver isso nos artistas de sucesso que a série nos apresenta. Se resultar podemos ter um horário para nos sentarmos à secretária e simplesmente trabalhar, ver como corre. Como qualquer outra actividade estas também necessitam de prática e alguma disciplina.

Sair, apanhar ar e explorar

Se para alguns o mais confortável é concentrar a sua atenção num espaço fechado para outros é necessário sair e deixar o subconsciente dominar, fazendo associações, vendo as ideias fluir, rabiscar de forma descontraída e depois, quem sabe, utilizar essas mesmas ideias para processos mais sérios. Quem sabe se não somos todos um pouco como a Paula Scher?

Nós comunicamos, tudo comunica

Uma das melhores coisas que esta série nos mostra é que, em qualquer que seja a área do design, todos os elementos comunicam connosco. A tipografia e a sua fisionomia, os carros, o registo fotográfico e o design de peças e ambientes reflectem emoções e personalidade. Quer queiramos quer não tudo o que nos rodeia é percepcionado de uma determinada forma e transmite-nos sempre algo. Este ponto fica ainda mais claro no episódio onde Ilse Crawford afirma que o design afecta os nossos sentimentos e comportamento. Não é apenas o aspecto visual é uma forma de pensar, é uma habilidade. Essencialmente, o design é uma ferramenta para melhorar a condição humana. É um enquadramento para a vida.


As ferramentas não determinam a mensagem

Na série esta ideia é aplicada sobretudo à fotografia, mas podemos estende-la para o restante.
Não devemos deixar que as ferramentas que utilizamos no nosso trabalho o condicionem e determinem a mensagem. O ideal seria deixar essa escolha para segundo plano. O fundamental é saber o que transmitir e como transmitir e utilizar o poder de abstração conjugado com a realidade para maximizar os resultados. E se tudo isso nos libertar da confusão e simplificar, melhor ainda!

Inventar e reinventar 

Tanto uma como outra podem deixar muitas pessoas assustadas, mas a parte mais tranquilizante de tudo isto é que podemos tirar partido das duas.
Muito do que somos e fazemos reflete o que nos rodeia e as nossas referências. Há quem faça alterações a algo que já existe, tornando-o outra coisa através do melhoramento de alguns aspetos, arriscando somente o necessário e jogando pelo seguro. Há problema? Claro que não! Mas não ter medo de ir mais além, aliando as novidades do momento e a realidade social ao projecto também é importante. Sair da zona de conforto pode ser difícil, mas os resultados podem ser incríveis e para descobrir basta tentar.
Inventando algo novo ou reinventando algo que já existe, o importante é que nem em momentos difíceis se deve negligenciar o resultado final.

Seguir os sonhos

Pode ser cliché, mas não deixa de ser verdade. Os sonhos são importantes e não devem ser esquecidos. Ralph Gilles começou desde muito cedo a demonstrar interesse pela área automóvel, mas foi com o empurrãozinho do seu irmão que apostou na sua formação no que realmente o fazia feliz. Isso trouxe-lhe confiança, sucesso e a capacidade de transformar o percurso de uma marca, levando-a mais longe. Provavelmente, se o seu amor pelo design de automóveis fosse menor teria desistido ou não teria depositado tanta energia nos seus objectivos e, por isso, é que foi tão importante ele seguir o seu sonho (e imaginem quantas pessoas foram influenciadas positivamente por ele).


Se ficaram curiosos o melhor é mesmo espreitar o trailer aqui. 😊


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Imagens com links para as respectivas fontes. 

5 comentários

  1. Fiquei mesmo muito curiosa. Obrigada pela partilha!
    Sou uma curiosa pelo design e acho que vou gostar muito desta série.
    Excelente post!

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    1. Obrigada, Lúcia!
      Fico contente por ter despertado o teu interesse na série :) Tenho a certeza que vais gostar!

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    2. Estou mesmo a adorar! Já lá vão 3!! ;) Será que vem outra temporada? Grata!!!

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  2. Esta série parece-me bastante interessante, tenho que me dedicar a vê-la!

    Lena's Petals xx

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    1. Tens mesmo, Helena!
      Depois quero saber o que achaste :)

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